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Bitcoin e ether disparam com melhora nos mercados ricos

Rogerio
Atualizado em

O que você verá neste artigo:

Indicador reduz a pressão para um aperto monetário mais agressivo pelo Federal Reserve

Bitcoin (BTC), ether (ETH) e as principais criptomoedas aceleraram o ritmo de valorização nesta sexta. O motivo foi a melhora nos mercados de risco após aumento da taxa de desemprego nos EUA. E também com a expectativa de que a China pode relaxar a política de Covid Zero.

O bitcoin acelerou os ganhos e segue firme rumo aos US$ 21 mil. Enquanto ether, moeda digital da Ethereum, passou a ser negociada acima de US$ 1.600.

Os Estados Unidos criaram 261 mil vagas de trabalho em outubro. O dado aponta para uma criação de emprego bem acima do projetado pelos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 205 mil vagas. Já a taxa de desemprego, que estava em 3,5%, agora subiu para 3,7% – acima do consenso dos economistas de 3,5%. Assim reduzindo a pressão para um aperto monetário mais agressivo pelo Federal Reserve. Por isso, mesmo com o dado de geração de empregos superando as expectativas, a taxa de desemprego também ficou acima e os ganhos acumulados estão caindo.

Perto das 10h35 (horário de Brasília), o bitcoin tinha alta de 3,3%, US$20.832,49, e o ether subia 6,9% para US$1.618,60, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas era de US$ 1,09 trilhão. Em reais, o bitcoin tinha alta de 0,97% a R$ 105.616,86, enquanto o ethereum registrava ganhos de 3,37% a R$R$ 8.216,82, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Entre as criptomoedas, a BNB nativa da rede da Binance tinha alta de 22,7%.

Em Wall Street, a bolsa de Nova York abriu nesta sexta com alta de 1% no índice Dow Jones e de 1,1% no S&P 500. A Nasdaq iniciou os negócios com ganhos de 0,9%.


Para André Franco, chefe de pesquisa do MB, a alta desta sexta das criptomoedas pode prenunciar um rali há muito tempo esperado para o segmento, a depender dos indicadores financeiros e comportamentos dos mercados de risco.

“Esse movimento coincide com a perspectiva de que teremos um rali de final de ano nos mercados tradicionais, o que também afetaria positivamente cripto. Unindo isso ao fato de que estamos passando por um período de acumulação no bitcoin, poderemos ver até janeiro o mundo cripto se valorizando bem mais que Nasdaq e o S&P”, disse.

Nos dados on-chain, Franco destaca que continua o aumento da posição dos investidores de longo prazo (LTH), com mais 9 mil bitcoin adicionados e um total de 13,9 milhões de bitcoins acumulados.

Thiago Rigo, analista da Titanium Asset, lembra que o presidente do Fed, Jerome Powell, manteve a porta aberta para fazer o que o mercado esperava ao dizer que “em algum momento, será apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos”.

“O preço do bitcoin deve se comportar de forma muito correlacionada com as divulgações de informações econômicas nos EUA, como o CPI (índice de inflação), pedidos de seguro-desemprego, e indicadores de atividade industrial. Os investidores estão em busca de narrativas que corroborem o possível aumento menor na próxima reunião, em dezembro”, avalia.

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